O segundo dia da “II Feira Nacional da Caixa de assistência dos Advogados Inclusão: Instrumento Social de Transformação”, que é realizada no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, teve início na manhã desta sexta-feira (26), com a presença do autor e diretor de teatro Odilon Wagner. O diretor trabalhou técnicas de comunicação para se portar de forma clara, objetiva e propícia. Em sua fala, Odilion explanou maneiras como o advogado pode lidar com situações impostas pela carreira.
“O comunicador precisa ser compreendido por todos. Com o advogado, não é diferente, em algum momento, no tribunal ou com seu cliente, você vai precisar dominar técnicas para se comunicar. Conhecer a história do seu cliente e se conhecer, o que torna o processo de comunicação mais assertivo. Compreender quem somos e quem são os outros é essência da intercomunicação”, afirmou.
Ainda segundo Odilon, a arte de se comunicar é um conjunto de hábitos que o interlocutor deve obedecer. “Manter suas características pessoais, dominar seus defeitos, representar o papel que se adapta à situação, pensar no coletivo, se colocar no lugar do outro e acreditar na mensagem que está reproduzindo são boas técnicas”, explanou.
Sistema OAB
Ainda pela manhã, foi apresentado o painel- Sistema OAB. O tema foi trabalhado pelo presidente da CAADF e da CONCAD, Dr. Ricardo Peres, pela presidente da OAB/AL, Dra. Fernanda Marinela de Sousa, e o vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Luís Claudio Chaves. Pontos pertinentes e expressivos da instituição foram discutidos no encontro.
Responsabilidade
O Vice– presidente do Conselho Federal da OAB, Luís Claudio, destacou em sua fala que a advocacia passa por um momento de mudanças e que o indivíduo que não acompanha esta evolução, se torna uma peça obsoleta do sistema. Mudanças estas, segundo ele, positivas. “A advocacia está sofrendo uma silenciosa, porém, profunda revolução. Comportamental, cultural e midiática. E nós, em quanto peças do sistema, possuímos uma grande responsabilidade”, afirmou.
O preletor conclui seu discurso assinalando a importância da união da classe para superar os desafios impostos pela carreira. “Juntos, nós podemos vencer todos este desafio. Mas precisamos caminhar efetivamente unidos, OAB e Caixas, mesmo porque, o sistema é um só”, encerrou.
Caminhar de mão dadas
Em seu discurso, a presidente da OAB/AL, Dra. Fernanda Marinela de Sousa, chamou á atenção para o posicionamento feminino dentro da organização e também explanou sobre a adjeção da classe para se manter fortalecida enquanto parte auxiliadora da sociedade. Ela chamou a atenção para o momento turvo que a sociedade brasileira tem vivenciado e como a instituição (OAB) pode auxiliar na resolução da crise.
“É indispensável que todo o sistema OAB se mantenha unido. Não teremos força para passar esta quadra atribulada se não estivermos de mãos dadas. Focados em um único objetivo: reconstruir a nossa nação”, avaliou. Ainda segundo a presidente, advogados como parte do sistema, carregam uma responsabilidade ainda maior. “Nós [advogados] como maiores conhecedores da Lei, temos a obrigação de dar uma resposta efetiva à população”, disse.
A ocupação do público feminino dentro do Sistema OAB ainda é muito baixa, segundo a presidente. Se levado em conta a número de advogadas que estão subordinas à Ordem do Advogados do Brasil, os cargos que a mulher ocupa é extremamente baixo.
“Em 85 anos de OAB, só tivemos oito mulheres presidindo as seccionais do Brasil. O número é assustador. Nós não podemos ignorar, que, hoje, nós mulheres, já representamos 50% da advocacia brasileira, em algumas seccionais, já ultrapassamos este percentual, porém, este número não é refletido na gerência do sistema como um todo”, avaliou.
Oportunidades
O presidente da CAADF e da CONCAD, Dr. Ricardo Peres, fechou a série de palestras ministradas pela manhã no segundo dia de evento. O presidente explanou sobre os lados positivos de ser veiculado ao sistema OAB. “ A ordem oferece muitas oportunidades de relacionamento, elaboração de sociedade, compartilhamento e troca de experiência”, disse.
Ascom – CAADF